sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Os 25

A Entertainment Weekly publicou uma lista com os 25 diretores mais talentosos da atualidade em atividade no cinema mundial. O critério é subjetivo, pois avalia genericamente o “talento”, que nos tempos atuais pode ser entendido como um misto de sucesso comercial com pretensões artísticas. Mas, vá lá. Fazer uma lista sempre apresenta seus perigos. Pontualmente sempre se discorda de um ou outro nome, e lamenta-se a ausência de outros tantos. No geral a relação aponta para um certa renovação. Cabeças coroadas como Spielberg e Scorsesse estão lá. Mas o destaque é a presença de novos nomes como Christopher Nolan, Guillermo Del Toro e Zack Snyder.

Confira a lista e faça suas escolhas. Quem sai e quem entra?

1. Steven Spielberg (A Lista de Schindler)
2. Peter Jackson (O Senhor dos Anéis)
3. Martin Scorsese (Os Infiltrados)
4. Christopher Nolan (Batman – O Cavaleiro das Trevas)
5. Steven Soderbergh (Traffic)
6. Ridley Scott (Gladiador)
7. Quentin Tarantino (Pulp Fiction)
8. Michael Mann (Fogo Contra Fogo)
9. James Cameron (Titanic)
10. Joel and Ethan Coen (Onde os Fracos Não Têm Vez)
11. Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno)
12. David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button)
13. Tim Burton (Sweeney Todd)
14. Judd Apatow (Ligeiramente Grávidos)
15. Sam Raimi (Homem-Aranha)
16. Zack Snyder (300)
17. Darren Aronofsky (O Lutador)
18. Danny Boyle (Quem Quer Ser um Milionário?)
19. Clint Eastwood (Gran Torino)
20. Ron Howard (Frost / Nixon)
21. Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain)
22. Paul Thomas Anderson (Sangue Negro)
23. Paul Greengrass (O Ultimato Bourne)
24. Pedro Almodovar (Volver)
25. Jon Favreau (Homem de Ferro)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Última sessão


Dias atrás tomei conhecimento de uma notícia que mexeu com minha memória afetiva cinematográfica. Acusei o golpe. No dia 29 de janeiro foram fechadas as portas do Cinema Marrocos em Lages, Santa Catarina. Para muitos isto pode não significar nada. Mas para quem freqüentou aquela sala por muitos anos a perda sentimental é enorme. A história já é conhecida de todos, mas não deixa de ser dolorosa. Os chamados cinemas de rua (ou de calçada) são coisa do passado. Foram tragados por um misto de especulação imobiliária, mudança de hábitos da população, aliado à questões práticas de segurança, acesso e comodidade que as salas de shopping oferecem. Mas não há como negar que há uma sensação de perda. Uma sala de cinema não se resume apenas a um prédio comercial destinado a explorar o negócio de “exibir filmes”. Do nosso ponto de vista, como espectadores, uma sala de cinema é o espaço lúdico do sonho e da magia. Para os freqüentadores uma sala de cinema é uma entidade com a qual nos relacionamos e criamos laços de afetividade e de comunhão. Esta era a magia dos cinemas de rua. Era o nosso cinema. O cinema que ficava perto de casa, que a gente freqüentava sem cerimônia, sem nos preocuparmos em procurar vaga para estacionar o carro, ou pagar o ticket de estacionamento na saída da sessão. Estas salas, tão generosas com nosso imaginário, invadiam nosso dia a dia. Os filmes chegavam até as calçadas. Tal uma vitrine de loja, que exibe seus produtos aos olhos dos passantes distraídos, as salas exibiam cartazes e fotos na nossa cara. Os filmes se tornavam mais próximos e presentes. Hoje estão em locais cujo acesso depende de escadas rolantes, escondidos atrás das bomboniéres de pipocas combo. Assim era o Cinema Marrocos, uma majestosa sala de 1.012 lugares inaugurada em 1967, reconhecida em seu tempo como a mais requintada do sul do país. Após mais de 40 anos de operação, entregou os pontos. Naquelas poltronas passei horas e horas de minhas férias escolares de inverno e verão, quando deixava Porto Alegre e passava semanas na casa de meus avós em Lages. A programação incluía dois ou três títulos diferentes por semana. Era o paraíso para um cinéfilo. Filmes não assistidos em Porto Alegre eram recuperados no Marrocos durante as férias. Isto sem falar na concorridíssima sessão de domingo, sempre às 19h30. Um acontecimento social obrigatório que reunia tanto interessados em ver os filmes quanto interessados apenas em ver e ser visto. Era a sessão dos namorados, dos quase-namorados e dos futuros namorados. Puxando pela memória ainda lembro o último filme que assisti nesta sala, em 1998. Foi Titanic.Tentarei evitar comparações do grande navio que naufraga com a imensa sala que sucumbe, mas fica difícil ao se constatar que a última sessão do velho cinema contou com apenas sete espectadores. E, acreditem, o último filme foi Sete Vidas. Deixo aqui apenas meu sincero e emocionado “Adeus Marrocos”.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Vencedores do Festival de Cinema de Berlim 2009




Os vencedores dos principais prêmios escolhidos pelo júri da 59ª edição do Festival de Cinema de Berlim foram anunciados no sábado (14), na Alemanha. O cinema latino americano saiu consagrado da competição ao conquistar importantes premiações, incluindo o Urso de Ouro para a produção peruana, a exemplo da edição 2008 quando Tropa de Elite levou o prêmio máximo do festival.



A criadora (Cláudia Llosa) e sua obra ("La Teta Asustada")


Confira a lista dos vencedores:

Urso de Ouro de Melhor Filme: La Teta Asustada, de Claudia Llosa (Peru)
Urso de Prata - Grande Prêmio do Júri: Gigante, de Adrián Biniez (co-produção Uruguai / Argentina / Holanda / Alemanha)
Urso de Ouro de Melhor Direção: Iraní Asghar Farhadi, por About Elly (Irã)
Urso de Prata de Melhor Ator: Sotigui Kouyaté (malinês), por London River (do franco-argelino Rachid Bouchareb)
Urso de Prata de Melhor Atriz: Birgit Minichmayr (austríaca), por Alle Anderen (do alemão Maren Ade)
Urso de Prata de Melhor Contribuição Artística: Gabor Erdelyi (húngaro) pela trilha sonora de Katalin Varga, de Peter Strickland
Prêmio Alfred-Bauer (homenagem ao primeiro diretor da Berlinale): Gigante, de Adrián Biniez (argentino), e Tatarak (Sweet Rush), de Andrzej Wajda (polonês)
Prêmio de Melhor Primeira Obra: Gigante, de Adrián Biniez
Urso de Ouro de Melhor Curta-Metragem: Please Say Something, animação de David OReilly (Irlanda)
Urso de Prata de Melhor Curta-Metragem: Jade, de Daniel Elliott (Inglaterra)
Prêmio Teddy para Melhor Produção de conteúdo homossexual ou transsexual: Rabioso Sol, Rabioso Cielo, de Julián Hernández (México)
Prêmio Câmara da Berlinale: Claude Chabrol (diretor francês), Manoel de Oliveira (diretor português) e Günther Rohrbach (produtor alemão)
Urso de Cristal da sessão infantil e juvenil: My Suicide, de David Lee Miller (EUA)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O ano é de Kate Winslet


Com dois filmes em cartaz, onde seu desempenho é destaque, já dá pra dizer que este é o ano de Kate Winslet, independente de sua vitória (ou não) no Oscar. O Globo de Ouro ela já faturou. Em dose dupla aliás. As poucas dúvidas que restavam (a mim particularmente) foram por água abaixo. Kate Winslet é a melhor atriz de sua geração e marca lugar entre as maiores de qualquer era. Não há como não reconhecer o espetáculo de sua interpretação em Foi Apenas um Sonho. Ainda não foi possível conferir O Leitor, mas também se fala maravilhas de sua presença na tela. Voltemos então a Foi Apenas um Sonho. Sua personagem, em oposição ao personagem de Leonardo DiCaprio, no início do filme parece a pessoa mais centrada do casal. Após a frustração pela carreira de atriz que não se confirmou, sujeita-se no papel de mãe e dona e casa. Mas traz no peito uma profunda insatisfação que mina a realidade de seu dia-a-dia. A saída parece ser a fantasia de reinventar o casamento em bases mais livres, não sujeitas ao mundinho suburbano que sufoca suas aspirações. Nos primeiros minutos do filme o personagem principal parece ser o Frank de Leonardo DiCaprio, com uma vidinha desinteressante em um emprego que detesta, conformado em seguir a contragosto os passos de seu pai na mesma empresa. Lá pelas tantas da narrativa a April de Kate Winslet toma às rédeas do destino do casal. E é aí que Kate começa seu show ao expressar todas as nuances dos sentimentos da personagem, que vai da serenidade à quase insanidade, sem forçar a barra e sem cair na armadilha de uma interpretação over. Nas falas eloqüentes e nos silêncios perturbadores de April está o talento de uma grande atriz chamada Kate Winslet.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Milk: estreia adiada


A Paramount do Brasil anuncia o adiamento da estreia de Milk – A Voz da Igualdade, inicialmente prevista para o dia 6 de fevereiro. O lançamento foi reprogramado para o dia 20, às vésperas da cerimônia do Oscar (dia 22) onde o filme de Gus Van Sant concorre em 8 categorias, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator para Sean Penn, que entra na disputa com grandes chances de levar a estatueta para casa.