Nunca antes na história desse país um filme nacional com um potencial tão grande de bilheteria estreou tão mal de público. Pelo menos é isto que os números de Lula, O Filho do Brasil estão apontando até o momento. As bilheterias não estão refletindo a (natural) expectativa gerada pela produção. O fato é que o filme não “pegou”. Definitivamente não estamos diante de outro grande fenômeno como Dois Filhos de Francisco, onde, aliás, a cinebiografia de Lula buscou sua inspiração popular. Mas faltou a liga. O povão ainda não embarcou nessa viagem. Pode ser que ali adiante a produção caia no gosto das massas. E movimentos para isto não faltam, entre eles a adoção de “meia-entrada” para trabalhadores. Se isto não garante a renda esperada (na medida em que reduz o potencial da receita), pelo menos salva as estatísticas de público assistente. A alegação de que o filme foi excessivamente bombardeado pela crítica antes da estréia não serve de desculpa. O povão não lê jornal, a exemplo do presidente Lula, conforme ele próprio declarou.
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